sábado, 30 de junho de 2007

Do fundo do baú

Ainda embalada em minhas memórias, lembrei-me de algo muito curioso da minha infância: meu estilo musical cheirando à poeira.

Ouvi muito Xuxa, Chiquititas, Spice Girls sim, mas inexplicavelmente sempre amei os vinis e suas raridades. Hoje escutei “Lacinhos cor-de-rosa” e pude resgatar o começo desse romance com Longs Play.

Era Celly Campelo, uma capa azul com rosa, cheia de músicas juvenis do meio do século XX. Eu tinha seis anos e me deliciava cantando “Tomo um banho de Lua”. O mais estranho é que nunca ninguém escutou Celly perto de mim, logo não teria de onde herdar o gosto por aquelas baladinhas melosas.

O tempo passou e as preferências também: Jorge Ben Jor, Martinho da Vila, Alcione... Minha primeira música predileta da Beth Carvalho saiu de um LP. Elis, Chico, Enredos de Escolas de Samba, tudo o que fosse bom rodava minha vitrola e embalava meus sonhos de menina de 13, 15 anos.

Na atualidade, a tecnologia ajuda muito os amantes de raridades. Pelo Win Rar e blogs pela internet baixo álbuns do começo da década de 70, ou até mesmo mais antigos, artistas inimagináveis para a minha geração: Donga, Clementina de Jesus, Noel Rosa e Wilson Batista. Gente muito boa e muitas vezes esquecida.

Mas esquecidos mesmo andam os vinis, os tais bolachões, perdidos em caixas ou em armários. Poucos aparelhos possuem vitrola e impedem o prazer (imensurável) de escutar Jamelão in natura.

Sorte a minha de ter um aparelho e antigo da Gradiente. Posso cantar com mais fervor os clássicos sambas de Cartola.

Um comentário:

Henrique César Santana disse...

Pára tudo! O destaque na imprensa musical no mês de junho foi a volta das Spice Girls! =D

Coloquei "spice up your life" no meu MP3 pra ficar ouvindo por aí e me lembrando da época boa que eu tava na sétima série, período que eu conheci as meninas britânicas!

=D