quarta-feira, 13 de junho de 2007

Brasília, um RIO de saudade

Esses dias ouvi uns escritos lindos de Vinícius para Antônio Maria - aquele que era jornalista, casado com a Danuza Leão sabe? O amigo do poetinha tinha morrido e ele contava as novidades do Rio. Aí lembrei de você, claro pelo Rio e não pelo incidente. Pensei em você longe, olhando o mar e eu aqui com saudades suas olhando para cada pôr-do-sol, imaginando como seria se você estivesse aqui.

Domingo, passeava pelo Eixão, aquela avenida larga que cruza as asas de Niemayer, quando vi todas aquelas árvores secas, retorcidas, parecendo lembrar os caminhos tortuosos da vida. Perdida no meio da grama cortada rente tinha um ipê roxo, tentando, talvez (quem sabe?), representar a sabedoria, ou mesmo só pra lembrar como o cerrado pode surpreender a gente.

A semana passou arrastada sem você. É a mesma rotina de acordar cedo, ver jornal, esperar dar a hora de ir embora e enfrentar aquele engarrafamento. As luzes da cidade sincronizadas, junto com os caóticos faróis dos carros. É tanto carro, meu bem, aquela cidade provinciana não existe mais, a não ser quando se trata dos bares. Ahhh,os velhos bares, continuam velhos e clichês: as sextas todos bebem Antrática até o dinheiro acabar, quando começam as cruéis rodadas de Brahmas e cachaças até o boteco fechar.

Algumas coisas mudam, outras não. O céu rosa com cor azul ainda é o mesmo; as madrugadas geladas de junho também, mas Brasília sem você é mais seca que o habitual.

3 comentários:

Henrique César Santana disse...

É por isso que eu resolvi pagar um pouco mais caro e beber Original. Sozinho, confesso, mas isso já é outra história.

Mah disse...

Esse textinho é velho.... é oriundo das aulas de RMi. Muita falta de tempo para escrever......

Anônimo disse...

Simplesmente eu amo essa crônica.
Já tinha lido e tenho guardada como uma de minhas favoritas!