Sei que há tempos atrás haviam muitas lutas, e no caso das mulheres, elas lutavam por igualdade, por maternidade, por liberdade...
Hoje em dia muita coisa mudou. A luta agoniza e tudo parece que já foi alcançado.
Mas sabe quando eu me sinto uma super mulher mesmo?
Quando calibro o pneu do carro sozinha, mesmo com as unhas feitas.
(Hahaha)
Simples assim.
sexta-feira, 28 de março de 2008
quinta-feira, 20 de março de 2008
Outono
As águas de março fecharam o verão e eu nem senti.
Como não senti o tempo; só o vento e o tormento.
As tempestades veraneias levaram histórias antigas e dramáticas, perfeitas para um folhetim mexicano.
De pouco em pouco me recupero dos redemoinhos e desse outono sinto um rejuvenecimento, ao invés da caricata velhice.
Há uma semana não chove no fim da tarde.
As tormentas cessaram.
Como não senti o tempo; só o vento e o tormento.
As tempestades veraneias levaram histórias antigas e dramáticas, perfeitas para um folhetim mexicano.
De pouco em pouco me recupero dos redemoinhos e desse outono sinto um rejuvenecimento, ao invés da caricata velhice.
Há uma semana não chove no fim da tarde.
As tormentas cessaram.
terça-feira, 18 de março de 2008
Velhinha psicodélica
Outro dia dei carona pra uma senhora hilária. Não sei o nome dela e isso nem vem ao caso, mas nossa nunca vi uma velhinha tão psicodélica como ela. A figura em questão já chegou entrando no carro achando que era minha amiga e perguntando a minha profissão. Digo que sou estudante de jornalismo e assim começa o show.
"Ah, mas eu não gosto desses paparazzis. Quando vejo um já saio correndo (nota: nem famosa ela é). Sabe minha filha, você tem que ser uma jornalista cristã!”... E assim segue o papo.
Em seguida, ela passa pra teorias científicas: “ Os médicos, cientistas, tinham que inventar uma injeção que transferisse a alegria dos cachorros pra ‘gente’ sabe?”
Hein?
Depois de tudo, ela sai do carro pedindo desculpas pelos micos e agradece a carona.
É cada figura que eu encontro por aí...
"Ah, mas eu não gosto desses paparazzis. Quando vejo um já saio correndo (nota: nem famosa ela é). Sabe minha filha, você tem que ser uma jornalista cristã!”... E assim segue o papo.
Em seguida, ela passa pra teorias científicas: “ Os médicos, cientistas, tinham que inventar uma injeção que transferisse a alegria dos cachorros pra ‘gente’ sabe?”
Hein?
Depois de tudo, ela sai do carro pedindo desculpas pelos micos e agradece a carona.
É cada figura que eu encontro por aí...
sábado, 15 de março de 2008
Coisa de cinema
“Se tudo tem que terminar assim, que pelo menos seja até o fim.
Prá gente não ter nunca mais que terminar...”
Caleidoscópio - Paralamas do Sucesso
Caleidoscópio - Paralamas do Sucesso
Gravando....
Take 01: Ela chega. Ele a recebe com o um frio beijo na bochecha. Com um sorriso amarelo ela o retribui e pensa “chegou o fim”.
Take 02: Ele diz que precisa ter uma conversa séria. Ela já sabe o que é; diz que não suporta mais aquela condição. “Olha nos meus olhos”, ele fala, e com uma raiva misturada com decepção ela se perde no quase verde.
Take 03: Ele pega em suas mãos. A mistura de cores dá uma bela foto.
Take 04: Ela se levanta e ele a acompanha até o carro. Um longo abraço apertado revela um tremor de medo e desejo dos dois. Ela passa a primeira e vai embora. Desesperadamente chora duas lágrimas, só pra dizer não que não chorou.
...Corta!
sexta-feira, 7 de março de 2008
Recém-mulheres
Em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres.
*às minhas meninas
*às minhas meninas
As meninas viraram mulheres.
Elas usam sandálias agora ao invés de tênis. Na bolsa nunca falta lápis, pó, rímel, camisinha, anticoncepcional, desodorante, blush, rímel e base. Tem livros, anotações, chave de casa, do carro e uma carteira enorme (com ou sem dinheiro, varia).
Não saem como antes pras baladas durante a semana e nem tomam porres homéricos no bar até altas da madrugada.
As recém-mulheres cheias de dúvidas, pressentimentos e sonhos, lutam pelo o que querem e não admitem a dependência.
Chegam exaustas em casa, mas preferem o labor ao ócio.
Almoçam juntas uma vez por semana e falam mal dos seus pares: pobres meninos, ficaram pra trás.
Eles não entenderam a sede pela autonomia mesclada com a necessidade do afago.
As ex-meninas aprenderam a esperar o tempo e viver durante essas esperas. Elas vão esperar o amadurecimento deles.
Bem-vindas ao novo tempo.
quarta-feira, 5 de março de 2008
(A)Cultura
Brasília foi nomeada a Capital Americana de Cultura em 2008 pelo Bureau Internacional de Capitais da Cultura. Bem, pra mim isso é balela.
Tadinha da minha ilha de concreto, nunca a vi tão morta como neste ano. Os bares fecham mais cedo (ou são reduzidos pela metade), as festas boas são durante a semana (não, não consigo ir pra balada e dormir 4 horas por noite) e assim vai. A vida boêmia da cidade, que já não era lá aquelas coisas, anda mais capenga do que nunca.
Mas ela é a Capital Americana de Cultura! Como não?
No site www.brasiliacac.com há a programação das coisas que vão ocorrer esse ano e algumas informações úteis como telefones de museus.
Porém...a programação tá meio superficial, mas vale pra lembrar a gente de quando estiver perto, procurar um site mais completo.
Vem por aí muita coisa: Festival da Música Independente Internacional, Festival Internacional de Inverno, o clássico Festival de Cinema e etcetera.
Se preparem! Pois, o pouco que existe vai ser bacana. Eu espero.
Tadinha da minha ilha de concreto, nunca a vi tão morta como neste ano. Os bares fecham mais cedo (ou são reduzidos pela metade), as festas boas são durante a semana (não, não consigo ir pra balada e dormir 4 horas por noite) e assim vai. A vida boêmia da cidade, que já não era lá aquelas coisas, anda mais capenga do que nunca.
Mas ela é a Capital Americana de Cultura! Como não?
No site www.brasiliacac.com há a programação das coisas que vão ocorrer esse ano e algumas informações úteis como telefones de museus.
Porém...a programação tá meio superficial, mas vale pra lembrar a gente de quando estiver perto, procurar um site mais completo.
Vem por aí muita coisa: Festival da Música Independente Internacional, Festival Internacional de Inverno, o clássico Festival de Cinema e etcetera.
Se preparem! Pois, o pouco que existe vai ser bacana. Eu espero.
sábado, 1 de março de 2008
Ciclos da vida
Não é comum chegar em casa e ver um caixão saindo do seu prédio. Eu nunca fui a um enterro e detesto essas coisas: as pessoas morrem e pronto. É um sábio aquele que pede pra ser cremado, porque poupa os parentes de fazer o fúnebre ritual de todo dia 2 novembro.
Minha vizinha do primeiro andar morreu, e creio que foi melhor assim. A senhora de cabeça branquinha e de olhos já estáticos, há tempos estava em uma cadeira de rodas, e não andava, não falava, não ria, não chorava. Em suma, a vida não existia mais. Seu marido não pôde ir ao enterro, pois, sua pressão chegou a 21, e ele não podia sair do hospital.
Quando a morte chega pra alguém próximo fazemos um balanço da nossa vida e dá um frio na barriga, pelo medo de não dar tempo de fazer tudo o que queremos. Será que o futuro vai ser tão bom como sonhamos?
Futuro é tudo que a Flor tem pela frente. A Flor é a minha primeira “sobrinha” e um bebê de apenas 15 dias. É sobrinha entre aspas porque não tenho irmãos; ela é filha de um grande amigo meu, quase irmão, assim, me sinto à vontade para criar vínculos familiares.
De vez em quando penso “e se eu voltasse ao tempo”, mas o tempo não volta e sou uma privilegiada por não me arrepender de nada. Quantas pessoas remoem tantos passados senis... O tempo é um presente perfeito e cada acontecimento é fruto de um destino já traçado, chamado de “karma” pelos indianos. O acaso não existe.
Idas e vindas mudam o trajeto da vida de um monte de gente. A morte da dona Célis vai deixar 3 pessoas desempregadas e um apartamento vazio. As meninas que cuidavam dela perderam o emprego e a companhia, e o seu Petrônio, o viúvo, vai morar com a filha mais velha. Os móveis já saíram da casa, assim como as meninas.
A chegada da Flor uniu famílias, amigos e fez com que os pais dela mudassem de cidade. A pequena aquariana vai morar no meio do mato de uma cidadezinha de Goiás, e pai e mãe nunca mais serão os baladeiros que eram.
As mudanças todas, os desvios de percursos, tudo, faz parte da mágica de viver. Primeiro, é a estréia, depois, várias novelas com capítulos emocionantes e por último a despedida, que faz muito espectador chorar. A vida é uma história real, escrita à caneta.
É por essas e por outras que todo dia deve ser um presente e cada erro e acerto uma marca para se gravar na pele; pois os ciclos da vida são esses mesmo, a gente nasce, reproduz e morre. A chance que temos é fazer dessa emoção de viver a mais incrível possível. Não tenho dúvidas que foi linda a história da senhora de cabelos de nuvens, da mesma maneira que acredito que será um lindo espetáculo a vida da minha pequena Florzinha. A saudade hoje tem nome de dona Célis e a esperança tem nome de Flor.
Minha vizinha do primeiro andar morreu, e creio que foi melhor assim. A senhora de cabeça branquinha e de olhos já estáticos, há tempos estava em uma cadeira de rodas, e não andava, não falava, não ria, não chorava. Em suma, a vida não existia mais. Seu marido não pôde ir ao enterro, pois, sua pressão chegou a 21, e ele não podia sair do hospital.
Quando a morte chega pra alguém próximo fazemos um balanço da nossa vida e dá um frio na barriga, pelo medo de não dar tempo de fazer tudo o que queremos. Será que o futuro vai ser tão bom como sonhamos?
Futuro é tudo que a Flor tem pela frente. A Flor é a minha primeira “sobrinha” e um bebê de apenas 15 dias. É sobrinha entre aspas porque não tenho irmãos; ela é filha de um grande amigo meu, quase irmão, assim, me sinto à vontade para criar vínculos familiares.
De vez em quando penso “e se eu voltasse ao tempo”, mas o tempo não volta e sou uma privilegiada por não me arrepender de nada. Quantas pessoas remoem tantos passados senis... O tempo é um presente perfeito e cada acontecimento é fruto de um destino já traçado, chamado de “karma” pelos indianos. O acaso não existe.
Idas e vindas mudam o trajeto da vida de um monte de gente. A morte da dona Célis vai deixar 3 pessoas desempregadas e um apartamento vazio. As meninas que cuidavam dela perderam o emprego e a companhia, e o seu Petrônio, o viúvo, vai morar com a filha mais velha. Os móveis já saíram da casa, assim como as meninas.
A chegada da Flor uniu famílias, amigos e fez com que os pais dela mudassem de cidade. A pequena aquariana vai morar no meio do mato de uma cidadezinha de Goiás, e pai e mãe nunca mais serão os baladeiros que eram.
As mudanças todas, os desvios de percursos, tudo, faz parte da mágica de viver. Primeiro, é a estréia, depois, várias novelas com capítulos emocionantes e por último a despedida, que faz muito espectador chorar. A vida é uma história real, escrita à caneta.
É por essas e por outras que todo dia deve ser um presente e cada erro e acerto uma marca para se gravar na pele; pois os ciclos da vida são esses mesmo, a gente nasce, reproduz e morre. A chance que temos é fazer dessa emoção de viver a mais incrível possível. Não tenho dúvidas que foi linda a história da senhora de cabelos de nuvens, da mesma maneira que acredito que será um lindo espetáculo a vida da minha pequena Florzinha. A saudade hoje tem nome de dona Célis e a esperança tem nome de Flor.
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