domingo, 30 de dezembro de 2007

Nova chance

Toc toc toc, tem alguém aí? O último que sair de Brasília apaga a luz.

Como de praxe, não sobrou ninguém na ilha, só eu e meia dúzia de gatos pingados. Então escrevo para os sobreviventes: há uma chance de rever Noel!!!! Mas não o Papai Noel [hehehe - piada sem-graça, típica da minha mãe].

Terça-feira, a Rede Globo vai reprisar o especial Noel Rosa. Será uma série de reapresentações dos programas do Som Brasil que rolaram em 2007, e pra variar e não perder o hábito, os programas devem ir depois do Jornal da Globo. Ou seja, supeeeer tarde.

Pra quem não vao fazer nada, tá aí a dica. [Mas será que alguém vai ler esse trem em plenas férias?].

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Então é Natal

Desde ontem ensaiei palavras para escrever aqui, mas daí surgiu a preguiça típica das férias. Mas juro, vou me esforçar para postar pequenos negritos.

Natal pra um monte de gente é alegria, é rever gente distante, é ganhar presente. Pra outros é tempo de cultivar lembranças amargas e forçar sorrisos simpáticos.

Apesar dos pesares, de um tempo pra cá, penso que o Natal é tempo de ver minha família unida e vê-la rindo, apesar dos perrengues cotidianos.

Ontem eu fui à missa. Não costumo fazer isso, mas por algum motivo fui. Fui agradecer as coisas boas e ruins desse 2007 que tá quase acabando. Natal é isso também: tempo de renovar a fé e praticar o religare.

Natal é tempo de Roberto Carlos e de especiais toscos da Globo, é tempo de comer muito e trocar roupas em lojas. Natal é a esmola aliviadora e a culpa persistente.

O Natal virou um homem branco e gordo com uma roupa e um saco vermelhos. Natal, na verdade, pode ser o tempo de praticar a paz e semear o amor.

Feliz Natal.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Brasília, traço do arquiteto


Niemeyer faz 100 anos hoje. Existe uma piada que diz que ele, Dorival Caymmi e Dercy Gonçalves são pra sempre. Tô quase acreditando nisso.

Oscar Niemeyer nasceu no Rio de Janeiro e se formou na Escola Nacional de Belas Artes, saiu de lá engenheiro arquiteto e ficaria conhecido pela sua marca principal: o concreto armado.

Le Corbusier foi um arquiteto de extrema importância para Niemeyer. Os princípios da nova arquitetura do francês influenciaram o carioca e Brasília mostra isso como ninguém. A Construção sobre pilotis, o Terraço-jardim, a Planta livre da estrutura, a Fachada livre da estrutura e a Janela em fita são prosaicas para o pessoal do cerrado.

Quem nunca brincou de baixo do prédio? Ou percebeu que os telhados dos prédios do Plano Piloto são lajes lisas, abertas, sendo possível caminhar por elas? E que o Sol sempre bate de manhã nos quartos maiores e de tarde nos quartos menores de cada prédio?

Na 3ª série estudei Brasília. Nunca me apaixonei tanto pela minha cidade como naquela época. Minha ilha quadrada...Concreta. Concreto. Bem Niemeyer.

Há uns 10 anos atrás, em um ônibus que fazia o trecho Araxá-Brasília, ouvi uma senhora explicar para sua neta como era Brasília. “Brasília é diferente de tudo o que você já viu na sua vida”, ela disse; e estava certa. Apesar da Igreja da Pampulha, da Mesquita em Argel e do Partido Comunista Francês, sem dúvida, tudo o que Niemeyer fez em Brasília foi o seu melhor.

Uma Catedral em forma de cálice, um museu lembrando Saturno, entre todas as outras belezas daqui, são coisas tão Niemeyer e tão nossas... Muitos reclamam da escassa funcionalidade de suas obras, ele nega a crítica, e no fundo, a gente até se acostumou com isso.

Os anos do centenário arquiteto, pra mim, poderiam se resumir nos, 4 ou 5, em que a capital foi construída. Apesar dos pesares, ele acertou em cheio.

Gosto tanto dela assim.
*Imagem: Google

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Fins dos tempos

Terror e pânico. Acabo de sair dos tópicos da comunidade UnB – Universidade de Brasília. Com o perdão da palavra, só merda.

Um tópico mais imbecil com outro, cheios de asneiras. Um vem o papo de “ah porque cotas para negros é injusto, só negro rico entra na UnB” e blá blá blá. Aquele discurso fraco que já conhecemos. Nem me dou o trabalho de repetir minha posição, falada [escrita] aqui zilhões de vezes.

Outro vem dizer do Dia da Consciência Branca. Putz, como uma pessoa dessa passa no vestibular “da melhor instituição de Ensino Superior de Brasília”? Aí sempre tem um erro para usar o exemplo da camisa 100% branco. Já disse: quando você é o opressor isso se torna mais totalitário ainda; sendo negro, oprimido, isso serve de bandeira e resistência. Resistência como o “Orgulho Negro”. No mesmo tópico, alguém diz que é errado o Movimento Negro pregar o Orgulho Negro, já que não existem raças e blá blá blá.

Repito: o racismo só pode ser combatido se as diferenças forem assumidas. Raça pode até não existir, mas as diferenças étnicas existem, e são elas, que não são aceitas pelas sociedades.

Ler o mar de asneiras escritos pelos estudantes da UnB me assusta e me revolta. É o fim.