Eu carrego a canalhice lusitana
Sou a utopia de um país
Sou pobre, sou preto, sou malandro, sou puta
Sou indigente, incapaz de se tornar gente
Sou o carnal, sou o carnaval, sou o samba, sou o choro
Sou o pronto de um povo
Quem sou eu?
Tenho dois sobrenomes: um é pobre, é de Deus
É o espelho do açoite, a fuga da senzala
O outro? O outro é do meu senhor, é um Sousa, é um Silva
É um qualquer, é a marca que carrego do cativeiro
Quem sou eu?
Sou a mulher, sou o homem
Sou quem luta pelo preto e pelo crespo
Sou quem grita pela libertação
Quem liberta meu povo é Zumbi
Quem liberta meu povo sou eu
Quem me liberta?
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Um comentário:
muito bom!
boas férias!
.bjo.
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