sexta-feira, 15 de junho de 2007

07.maio.07

Eu quero escrever. Qualquer coisa. Quando o amor murchou a fonte secou. Nessa manhã de segunda - melancólica segunda - ouço papos de Flaubert, Pessoa, Vinícius...Recitaram Drummond. Aí eu senti falta dos meus poemas. Me lembrei como essas manhãs me inspiravam. Travei de uns tempos pra cá.

Tanta gente homenageia Januária na janela e eu só queria homenagiar o amor. De João, de José, de Jorge. Dos meus sonhos e presentes.Ou passados. Gente que passou e marcou. Gente imaginária que habita meu futuro sonhador.

Houve um tempo que eu amei mais do que pude. Gravei na pele a paixão louca da casa dos dez. Eu mudei de dígito e me forcei a mudar de ares. Eu precisava mudar, largar aquele vício para o meu bem.

Meu bem. Tive uma paixão chamada meu bem. Tive um chuchu, tive um chiquito. Tive tantas coisas... Resolvi guardar cada um como doce lembrança. E só.
Lembrar...Caso eu resgate cada coisa boa de cada um faria um lindo recital de desejo e medo. Caso contasse as tragédias, A Poética se faria perfeita, em todos os sentidos.

Semiótica. O estudo dos signos, linguagens, e assim vai. Qual é o significado de todas as minhas palavras? Para qualquer um, nula. Assim como a Semiótica para o leigo. Mas para mim, é muito. É parte do meu eu se revelando em mais uma manhã pós-domingo, que esqueci de comprar o jornal, que eu curti a preguiça da ressaca.

Eu resolvi escrever para marcar, sem ser na pele, mas no papel, a vontade por novas paixões, amores ou devaneios. Seja quem for, como for. Só para sentir a vida, pulsar, aqui dentro.

Um comentário:

Anônimo disse...

com excecao dos apelidos dados as coisas que vc já teve, sinto amesma coisa... principalmente nas segundas.... rsrsrsrsrs