domingo, 29 de julho de 2007

Fim do PAN

Domingo, 29 de julho de 2007, o último dia dos XV Jogos Pan-Americanos.

Pensei muito sobre o que escrever aqui, é muito assunto sobre o PAN, é a falta de tempo, é o Monobloco me esperando na Esplanada, mas vamos lá, às pequenas e divagações sobre o tal evento.

Escreveria sobre como o Rio de Janeiro me surpreendeu e que eu esperava o pior. É escreveria, pois o pior aconteceu e está ainda lá, latejante, sem o Brasil enxergar.

Mais de mil quilômetros me separam do Rio, mas cariocas que estão lá comentaram o caos em que se encontra a cidade. “Foram 40 mortos no Morro do Alemão”, um diz. “Estamos em Estado de Sítio”, outro completa. E o PAN atrasou duas horas e quase ninguém sabe, por que quase ninguém viu? Em nenhum momento vi a televisão [esse meio de comunicação gritando sem parar, que está em maioria esmagadora nos lares brasileiros] falar que incidentes na cidade maravilhosa... E para piorar no último dia 17 sofremos com mais um desastre aéreo. Mais de 200 mortos em um piscar de olhos. Nos olhos televisivos que não revelam as vítimas de uma política sem rumo e sem noção.

A grande mídia não mostra também as medalhas quebradas, sensíveis, de acrílico ou as desistências dos voluntários, motivadas pela péssima alimentação e assistência. Um blog que vai muito mais a fundo mostra esse outro lado da competição: http://averdadedopan2007.blogspot.com/.

Apesar dos percalços do caminho, demos uma salva de palmas para nossos atletas brasileiros, pelo esforço, fé e dedicação. Ouvi muito já que falta garra neles, que perdemos por pouco, que foi vacilo... Mas é bom lembrar da super preparação física/psicológica dos norte-americanos e cubanos, que mostraram resultados com as 97 e 59 medalhas de ouro, respectivamente. E mesmo com toda falta de apoio, patrocínio e outros, conseguimos 161 medalhas no total, atrás somente dos EUA, com 237.

Valeu e valeu muito. Valeram as oito medalhas do Thiago Pereira, o choro e a ascensão da pequena Jade e os incríveis gols da Marta no Maracanã. Valeu demais nosso primeiro ouro vir com o negro.

Mas que as vaias que ecoaram no Maracanã permaneçam para todas as autoridades que mascaram as lágrimas e dores de atletas, que lutam não por medalhas de ouro, e sim por sobrevivência.

Um comentário:

Unknown disse...

É isso ai! ;D

Thiago Pereira!
6 ouros ^^

hahahahaha

beijos!