domingo, 15 de julho de 2007

A escrita

Se falarmos de escrita, teríamos que citar Proust, Flaubert e Barthes. Daí seria chato à beça. Nem todo mundo entende eles. São técnicos, especializados, detalhistas...

Mia Couto, em Terra Sonâmbula, foi tão simples que reproduzo seus escritos:


- O que andas a fazer com um caderno, escreves o quê?
- Nem sei, pai. Escrevo conforme vou sonhando.
- E alguém vai ler isso?
- Talvez.

- É bom assim: ensinar alguém a sonhar.

Críticas, elogios, asnneiras, profundidades, verdades ou mentiras, não importa, é escrita. Mia estava certo: se ela fizer sonhar já basta.

Bons sonhos.

3 comentários:

Salve Jorge disse...

Sonho
Que assanhe
A sanha
Insana
Que nos consome
Insônes
Sedentos
De quimeras
Oníricas
Dessas sintaxes
Divinas
Que imprimes
Nos imaginários...

Marjorie Chaves disse...

Aqui então eu posso sonhar... me permite?

Beijos...

Mah disse...

sonhem todos!!!