terça-feira, 7 de agosto de 2007

Melancólicas melodias

Fico pensando no porquê, alguns de nós, cultivamos a tristeza. Lembro-me de um tempo que me alegrava ouvindo melancólicas melodias...

Hoje em dia não ouço mais; pode ser falta de tempo e/ou saco. Creio que em determinado tempo a ficha caiu e percebi que não preciso cultivá-la, ela já existe e está muito bem solidificada.

Existe tristeza na solidão, na doença, na dúvida, na maldade, na mediocridade... Assim, prefiro, hoje, escutar coisas alegres, gritar alto a felicidade, mesmo capenga, para ficar no lugar dessas coisas ruins.

Samba por excelência, amor rimando com dor, no máximo, até Chico Buarque, e que a saudade seja doce e que a tristeza seja enterrada junto com memórias amargas.

2 comentários:

Salve Jorge disse...

Tristeza
É tão necessária
À cotidiana alegria
Que é uma certeza
Nessa vida vadia
Mesmo se parece arbitrária

Fecha-se uma porta
Abre-se uma janela
Se o caminho entorta
Se algo nos corta
Colorimos a tela
Içamos a vela
No fim é um diálogo
Íntimo e promíscuo
Entre o triste e o alegre
Que nos impele
Podemos até ser mais felizes
Mas não somos menos tristes...

Daniel Mello disse...

"Our sweetest songs are those that tell of saddest thought"
"The pleasure that is in sorrow is sweeter than the pleasure of pleasure itself."