quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Férias para a ditadura

A pauta de hoje é cinema.

Domingo, assisti um filme bem bacana: “O ano em que meus pais saíram de férias”. Dirigido por Cao Hamburger e com um time da pesada. Paulo Autran [saudoso], Caio Blat e outros globais fazem parte da trupe.

Mas o destaque, claro, fica para as atuações das crianças Michel Joelsas e Daniela Piepszyk, Mauro e Hanna, respectivamente.

A história é de um menino que adora futebol e mora em Belo Horizonte com pais. A ditadura, pano de fundo do enredo [junto com a Copa de 70, no México], faz que os pais de Mauro o deixem na casa do avô, em São Paulo. Mas as coisas se tornam um pouco mais complicadas com a chegada do garoto.

Não vou contar a história, se não perde a graça. Mas queria dizer que o filme vale muito a pena, pelo álbum de figurinhas, pelo jogo de botão, pela paixão pelo futebol [de jovens, adultos,todo mundo, ah!, e meninas também! Hanna joga um bolão! ; ) ]. Todas coisas tão simples e que com certeza fizeram parte de cada um de nós, em um determinado instante.

O filme, que foi lançado em 2006, deve estar nas locadoras e merece uma atenção. É uma das obras de destaque desde a retomada cinematográfica brasileira.

Fica a dica de deixar a ditadura hollywoodiana de lado e apostar em películas tupiniquins.

Ah sim, pra quem quer apostar em filmes nacionais, está prevista para novembro o lançamento do esperado Noel – Poeta da Vila, com Camila Pitanga e Rafael Raposo, no papel do músico.

Até o próximo filme.

3 comentários:

Daniel Mello disse...

Acho que não só assitir filmes brasileiros...Mas também em peruanos, argentinos... é interessante perceber como a realidade de nosso vizinhos está tão mais proxima da nossa do que o american way of life. Pois, talvez uma das piores partes dessa ditadura cinematográfica é achar que o cinema se divide em Hollywood, cinema brasileiro e o alternativo europeu. Sendo que existem produções belíssimas de paises com problemas e realidades muito semelhantes a nossa.
E só por dizer...acho a palavra 'Tupiniquim' de péssimo gosto. Não acho que de nenhum modo ela é capaz de criar a imagem que seu significado propõe. Me parece mais alguma coisa arcaica..de quando se tentava resgatar a identidade brasileira com a figura do índio idealizado. Não acho que ela seja capaz de refletir o significante mestiço da brasilidade. Mas aí é só uma leitura poética minha...

Salve Jorge disse...

Esse eu vi.. risos
Uma preciosidade realmente
Tristemente belo
E belamente triste
E no fim a gente ainda ganha a Copa...

Mah disse...

cada um com seu cada qual.

pra mim Tupiniquim é o brasileiro nato. não penso em índio, negro ou branco.
penso no brasileiro em si em pronto. com todas suas cores, credos e políticas.

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