domingo, 24 de agosto de 2008

Desabafo

Vou fazer uma pausa nos relatos da viagem pra falar um pouco das Olimpíadas.

Confesso que me emocionei muito ao ver a final feminina de vôlei. Quando a bola foi fora da quadra e as americanas incrédulas fizeram cara de “perdi”, nem eu acreditei.

A medalha de ouro que as meninas, comandadas por Zé Roberto, ganharam era um entalo na garganta. Era não só aquela derrota em Atenas; era o ouro que o futebol perdeu; que a ginástica não ganhou e que arrancaram bruscamente de Fabiana Murer.

Muitas vezes ouvimos: “AH! Mas chegar nas Olimpíadas já é uma vitória”. Mas pow! Não, não é uma vitória.

Eu sei que é uma ralação só, que o Brasil não dá apoio nem estrutura, mas vitória é mesmo sem patrocinador chegar em Pequim, passar por atletas muito mais bem preparados e mesmo com toda pressão e subdesenvolvimento, ganhar o ouro.

Por sorte e por talento só César Cielo, Maurren Maggi e o time feminino de vôlei subiram mais alto no pódio. Só eles souberam o que é a vitória plena. O Brasil, que ganhou a ilusória alcunha de “país do esporte”, precisa aprender uma lição com seu desempenho em Pequim: só vence o melhor.

4 comentários:

Eduardo Ferreira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Eduardo Ferreira disse...

nem sempre...

lembre-se de andersen scheiss.

Mah disse...

forte a imagem.
mas isso faz parte de casos extremos.

tô falando do cotidiano, do comum.
das olímpiadas de todo dia...

Anônimo disse...

Acho que na verdade o problema está nos brasileiros que ficaram.
Nós aqui achamos uma medalha de prata ou de bronze simplesmente inconcebível. Mas por que isso?
Na minha opinião, nosso país fez bonito lá! Valeu.

:*