segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Aventuras na Bolívia e no Peru - Parte 1


A partir de hoje começo a contar como foi a viagem mais louca da minha vida. Desde a idéia, até a volta, vários causos vão passar para aqui só para dar uma pequena noção das maravilhas e dos desesperos vividos por 22 dias.


A idéia

Sinceramente eu não sei de onde eu tirei a brilhante idéia de ir para Machu Picchu de ônibus. No começo, quando eu dizia isso pros meus amigos, eles assustados me perguntavam “Sério? Você é louca!”. E eu toda orgulhosa dizia que sim.

E foi mais ou menos em Santa Cruz ou Cochabamba, não sei, quando me dei conta da loucura que estava fazendo. Ninguém normal vai de Brasília até Cuzco de ônibus, e justo, era aquilo que eu e mais uns 40 estávamos fazendo. Às vezes, quando as costas estavam moídas ou olhos fundos pelo pouco sono, batia um arrependimento, mas logo depois toda dor e cansaço sumiam, assim como o remorso.

A preparação

Depois de Santa Cruz o frio aperta e eu precisava de roupas, muitas roupas de frio, melhor dizendo, e assim eu me desesperei. Apesar de fazer um friozinho bem xarope aqui, eu não tinha NENHUMA blusa de manga ou casaco grosso, nem calças confortáveis para andar muito no clima andino.

Dessa maneira, comprei uma calça bailarina, uma de tactel (que eu nunca mais vou usar), e duas blusas de manga comprida, além de um casaquinho. Como eu já sabia que isso não seria o suficiente, peguei emprestado mais duas blusas, um casaco e um corta-vento. Quem quiser fazer uma viagem dessa, vá preparado: a média em La Paz e em Cuzco é de 7°C, além do vento que coloca a sensação térmica lá em baixo.

Escolhi a trilha de 2 dias já sabendo que eu sou mole e sedentária, mas para não chegar muito mal lá, eu prometi que assim que eu entrasse de férias, caminharia todo dia. Ledo engano. Como toda promessa que eu faço, descumpro, caminhei pouquíssimos dias e cheguei lá do mesmo jeito que saí daqui. Mas dou a dica: faça um exercício, vai fazer falta.

11 de julho – A saída

A hora prevista para saída era 9 da manhã. Com um friozinho na barriga saímos com uns 40 minutos de atraso, cheios de idéias e desejos. Esse começo foi bem bacana porque foi o momento em que o pessoal se conheceu. Tinha gente de Brasília (a maioria), gente de Goiânia, até do Piauí, que tava encarando aquela aventura só pra conhecer a cidade perdida dos Incas.

Até chegar na Bolívia, passamos por São Paulo, Mato Grosso do Sul, fronteira e carimbo dos passaportes, até o hotel, em Puerto Quijarro, bem ali, colado com Corumbá.




próximo capítulo: Quijarro e o Trem da Morte
*imagem: Google

3 comentários:

Salve Jorge disse...

Tem de ser ônibus mesmo
Que tem de ter sabor de aventura
MAs como esqueceu justo os casacos
AI, ai.. já vi que vou dar muita risada dessa história...

Marina Delphino disse...

Só pra deixar claro .. ah primeiro meu nome .. Marina .. companheira de quarto, de risadas .. de Arletes ..
Tudo bem .. eu forcei amizade mesmo!! Mas me diz .. forcei certo não?! Bom demais!!
Vou amar essa história!

Eduardo Ferreira disse...

caralho! tuh foi de ônibus?!

comentário bem minha cara eu diria... juro que não sabia. rs