domingo, 7 de setembro de 2008

Parte 8 - Enfim, lá.



Machu Picchu
A superioridade inca


Enfim, o destino esperado. Após duas semanas viajando chegamos lá. Levantei três e meia da manhã e peguei um ônibus que sobre até Machu em 25 minutos. Esse percurso pode ser feito a pé e leva 1h30, mas como boa sedentária...

Ao sair do ônibus, “Cadê Machu Picchu?”. Calma...tem a fila (que é pequena nesse horário de 5h30), tem uma escadinha, tem um monte de coisa. E naquela bagunça de cadê a atração, pum! Surge a nova maravilha do mundo.

O primeiro momento não tem nada de comum, é como qualquer outro ponto turístico, com muita gente e com guias explicando as coisas e talz... Mas o tempo para meditação é imprescindível para quem quer sentir algo a mais lá. Foi o que eu fiz, mentalizei muito e senti muita coisa. Tem uma frase que achei num site que diz tudo: “Em Machu Picchu você não encontra o que você pensa que foi buscar, você encontra o que você precisa”. Pronto. Simples desse jeito.

A volta
Marcas inesquecíveis


A volta foi um batidão. No domingo, dia 27, saímos de Cuzco rumo à La Paz. O time estava reduzido já que umas cinco pessoas iam voltar de avião. Luxo ganho junto com infecções gastro-intestinais. Durante a viagem várias pessoas passaram mal com altitude, comida, água...Quem não teve se sentiu como ganhasse na mega-sena.

Atravessando a fronteira com a Bolívia, ali, quase em Copacabana, o grupo se dividiu. Muitos desistiram de encarar o ônibus e Trem da Morte e foram de avião até Puerto Quijarro. Pra quem ficou, restou muitas horas de viagem.

Em La Paz só tive 1 hora pro almoço, mas pensei “com táxi fica tudo bem”, certo? Errado. Na avenida principal, para ser mais exata, na frente da Igreja São Francisco, havia uma manifestação. Não sei de quem, mas era contra o Evo Morales (pra variar). Assim, quatro meninas descem correndo, rumo à Eli’s (restaurante melhor que o Dumbo’s) mais perto. Dois pedaços de pizza com coca-cola depois, volto a tempo para o terminal e para mais um caminho.

Sempre dá pra piorar. O bloqueio de La Paz tinha me injuriado um bocado, mas claro, tinha mais pela frente. Ainda faltavam 5 horas pra chegar em Cochabamba quando o ônibus pára. Um bloqueio de mineradores protestando contra o Evo (sempre) nos fez ficar parados por duas horas e meia em uma estrada escura, em um ônibus frio e sem banheiro.

Agora é Santa Cruz. São sete e meia da manhã quando chegamos lá, só que a previsão era para chegar às oito. Aêee! Pela primeira em toda viagem chegamos adiantados. Santa Cruz é muito quente e quase não chove nessa época do ano. Caía um toró na hora do desembarque. Coisas da viagem.

Chuva, frio e fome na Estação Ferroviária de Santa Cruz. Com pouquíssimos bolivianos (o dinheiro de lá) no bolso, fiquei ilhada na Estação... Pra passar o tempo, fiquei dormindo em chão frio (snif :~~) e tive que almoçar por ali mesmo, pra economizar a fortuna que eu tinha.

Quatro e meia da tarde: mais um Trem da Morte, só que dessa vez, durmi que nem um bebê.

Depois de uma ótima noite sono, chego em Puerto Quijarro, tomo um banho (coisa rara no fim da viagem) e pego o ônibus rumo ao Brasil. Nas malas, roupas bolivianas, artesanatos e fotos; no coração, uma saudade antecipada dos melhores momentos da minha vida.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ahhhh! Acabou?! Quando vc vai contar dos seus vermes?

Salve Jorge disse...

NAda como uma boa aventura
Pra deixar na fissura
Esse doido aqui
Que daqui
Apreciou o relato
De tão fino trato
Quase curtindo o barato
Daquele lugar sagrado
OS locais apertados
O ar rarefeito
E tudo que ia se dando um jeito
PAra se ter o deleite
Dessa dádiva inca...