quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Mais um Dia da Consciência Negra. Ainda bem.

"Se hoje estou aqui, só devo a Dandara, só devo a Zumbi"

A data criada para questionar o dia 13 de maio (Abolição da escravatura) veio para pôr em prática o que é ser negro, como é ser negro e o pensar negro. E justamente nessa semana fui testemunha de mais uma prática do racismo.

Talvez se não existissem datas e ações como o da Consciência o fato passasse despercebido. Mas a luta do movimento negro não é vã. O racismo tem que ser admitido para que seja combatido.

Ouvi um ofender outro por causa da sua cor de pele. "Seu preto nojento" ou qualquer coisa do tipo. Meu sangue ferveu. A justificativa da pessoa que emitiu tal comentário não cola. Não adianta pedir desculpas nem dizer que não tem racismo. Tem sim, e o pior deles: o velado. E é por causa desse racismo não admitido que no Brasil não é possível combater essa praga. Exemplo clássico onde o racismo exarcebado gerou a mudança de consciência - em partes, claro : os EUA. Até a terra do Tio Sam, caldeirão efervescente de segregação racial, está a um passo a frente: elegeu Obama. E nós, continuamos aqui, atrelados à hipocrisia.

Eu chorei. De raiva, de revolta e de tristeza. Não compreenderam.
Choram em filmes, e porque eu, na vida real, ao ver absurdo como esse não posso chorar?

A vida real é muito mais passional que melosas tramas hollywoodianas.

Ano passado disse que dia esperava por dias melhores. Reitero minha afirmação. Sigamos lutando.

3 comentários:

Anônimo disse...

Essa menina é fera. Esse blog já está entre os meus mais lidos.

Salve Jorge disse...

O que me alegra
È essa gente negra
Quebrando as regras
Pois enverga
Mas não quebra...

Eduardo Ferreira disse...

texto riscado com força sobre o papel

ah, saudade da textura esquecida e tão facilmente interpretada do escrever.

demais!